2013-2019 - A nova Gestão da EMEB Irmã Maria Anselma Vieira e seu plano de ação

Com o intuito de qualificar a educação nesta unidade escolar através da ação dos educadores por meio da observação, intervenção, planejamento, registro, reflexão... fundamentado em teoria consistente atrelando a prática busca-se através dos HTPCs e Reuniões Pedagógicas sanar dificuldades e promover mudanças significativas nos indivíduos envolvidos nesse processo educacional – crianças e adultos – favorecendo o desenvolvimento integral, desafiando a fragmentação e a linearidade do currículo através de propostas significativas, prazerosas que propiciem experiências, questionamentos, valores e criatividade por meio das interações e brincadeiras.
Pelos motivos descritos acima ao compor a gestão desta unidade a partir de 2013 iniciaram-se estudos e discussões acerca das brincadeiras; corpo e movimento; arte; educação inclusiva; alimentação; campos de experiência, BNCC e currículo.

  Reconhecer a criança como sujeito de direitos e respeitá-la no direito de viver plenamente a infância, tem nos levado a refletir sobre o espaço destinado à brincadeira e ao jogo no espaço escolar. Ademais as propostas de atividades oferecidas às crianças e os momentos de participação ativa e direta do professor interagindo e ensinando brincadeiras, jogos e regras alternando com momentos de observação atenta para que possa ter elementos para planejar novas propostas “nem tão largada que dispense o educador, nem tão dirigida que deixe de ser brincadeira”. Os temas estudados foram: Brincadeiras tradicionais, brincadeiras simbólicas, brincadeiras heurísticas e de construções, o brincar na educação infantil, faz de conta na escola, o papel do brincar na cultura contemporânea, o brincar e a produção do sujeito infantil. As estratégias utilizadas para o estudo e reflexão da prática foram: análises do planejamento para identificar a presença das diferentes modalidades do brincar, sistemática e frequência das propostas de brincadeira. Vídeos: A invenção da infância, Infância perdida, Tarja branca a evolução que faltava, Quando sinto que já sei. Sistematização e discussão de práticas realizadas de todas as turmas da escola e de turmas de outra unidade de zero a três anos para conhecer melhor o brincar das crianças e assim melhor intervir, qualificando as brincadeiras e assumindo o papel mediador.

Discutimos sobre a importância dos instrumentos metodológicos para um acompanhamento efetivo e reflexivo do trabalho pedagógico, vendo-os a favor do ensino-aprendizagem e não como burocráticos. A sistematização dos saberes produzidos por crianças e educadores através da Mostra Cultural, ampliando o olhar a respeito desta prática e as possibilidades de apresentação considerando a faixa etária das crianças, refletindo sobre: o que, para quem e por quê Mostra Cultural. Socialização e discussão sobre a Mostra Cultural tendo como disparador fotos de Mostras por segmento e tematização de prática. Para nos aprofundarmos sobre esta temática, algumas ações foram: a leitura dos Instrumentos metodológicos, do PPP, Caderno de validação, Avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento, Ed. Infantil subsídios para construção de uma sistemática de avaliação do Ministério da Educação e Portfólio. Vídeos como Avaliação na Ed. Infantil e Avaliação. Ainda em relação aos instrumentos metodológicos foi realizado um levantamento de dados e hipóteses sobre a elaboração do relatório de avaliação, leitura e socialização dos relatórios de avaliação individual, orientações para elaboração do relatório que consta no PPP, leitura e socialização de relatórios de educadores de outra unidade escolar. 

A necessidade de estudarmos e discutirmos Arte foram decorrência da observação de propostas inadequadas e mecânicas para a faixa etária, ou seja, a criança não tinha a oportunidade de explorar nem criar, apenas realizar as orientações dadas pelo adulto. Por isso buscamos conhecer melhor os fundamentos teóricos e o trabalho nesta área para melhor intervir, qualificando as propostas ofertadas às crianças, a sistemática e frequência com que as atividades eram planejadas procurando adequá-las às necessidades dos menores. Algumas das metodologias utilizadas foram: tematização de prática; leitura dos textos: Princípios – PPP; RCNI; Proposta curricular; textos da revista Avisá-la; vídeos: Anna Marie Holm; Monique Deheinzelin. Visita a escola Verde que te quero verde e entrevista com especialista da área.

A música, uma das modalidades da Arte é uma forma de comunicação e expressão humana, linguagem da sensibilidade que lida com a estética e a criatividade, o que por si só justifica sua presença na educação infantil por isso recuperamos o histórico do trabalho com a música nesta unidade pensando nas propostas trabalhadas refletindo em quais princípios e conceitos se apoiavam e atualmente para quais instâncias legamos a prática musical na escola e em quais princípios e conceitos nos apoiamos. Para isso algumas questões nortearam a nossa discussão: Como foi a experiência com a música? Como tem sido hoje? Que tipo de música mais se escuta nesta escola? Quais tipos de propostas musicais são mais trabalhadas? O que é interessante desta experiência? O que é desafio para o professor e a criança? Qual o nosso acervo musical? Como está organizado? Como o professor e as crianças têm acesso a ele? O que é necessário para que as crianças tenham propostas mais ricas para a inclusão da música no seu cotidiano? Algumas das propostas utilizadas foram: vivências relacionadas à música, corpo e brincadeiras; leitura, discussão e socialização de textos como: A música da criança, A música nas práticas criativas da educação infantil, etc. Recebemos a professora e bailarina Elisangela que nos proporcionou vivências com a música e o corpo.

Diante algumas inquietações do grupo frente às questões alimentares como produtos industrializados: escondidinho e bolinho de peixe, carne e frango pré-cozido... suscitaram inquietações como: O ideal não é oferecer frutos do mar a partir dos dois anos? Qual a orientação em relação à família vegetariana? Comer e ingerir líquidos antes ou após as refeições é prejudicial à saúde? Como proceder com crianças que passam o dia sem se alimentar? Etc. Por estes fatos estudamos sobre a alimentação saudável. Um pouco das metodologias utilizadas foram: textos: Hora da refeição, Guia alimentar para a população brasileira. Vídeos: comer bem ao longo da vida, cinco chaves para uma alimentação mais segura, muito além do peso. Outra ação realizada na Reunião pedagógica foi à conversa com a nutricionista Tatiane, responsável pela coordenação desta cozinha através de solicitação a SE.

Assim os estudos e discussões acontecem diante a nossa precisão. Ao recebermos e acolhermos crianças com necessidades educativas especiais nos deparamos com a necessidade de discutirmos sobre a inclusão escolar. Para este estudo foram utilizados: legislação específica dentre elas: Constituição Federal 1988, LDB 9.394/96, ECA 8.069/90, 10.098/94, 10.436/02, 7.853/89, 8.859/94. Decretos: 186/08, 6.949, 6.094/07, 6.214/07, 5.626/05, 3.298/99, 5.296/04, 3.956/01. Resoluções: nº 4, 1/02, 2/01, 2/02, 2/81, 5/87. Portarias: 976, 1.793/94, 3.284/03, 319/99, 554/00, 8/01. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar. O atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual (MEC). Em parceria com a professora do AEE, Ivete, foi apresentado e dialogamos como era chamado antigamente o deficiente, o que é deficiência, o que é deficiência mental, o que é AEE, quais crianças o AEE atende e como são as estratégias de atendimento do AEE: itinerância, ação colaborativa e contra turno. Vimos alguns materiais adaptados para a pessoa com deficiência como: vocalizador, chaveiro de comunicação, utensílios para alimentação. Dentre outras ações vimos que inclusão implica: reflexão sobre o planejamento e avaliação, novos agrupamentos em sala de aula. Conversamos sobre a entrevista de Rossano Cabral e sobre o livro de Julio Groppa.
No ano passado começamos a estudar sobre os campos de experiência, ou seja, uma das maneiras de organizar o currículo da educação infantil que pode ser planejado com realização semanal, mensal ou por períodos mais longos de atividades e projetos fugindo de rotinas mecânicas. O estudo e discussão a este respeito foi propiciado através de textos da DCNEB, DCNEI, CNE, CEB, SEB, Diretrizes em ação, Novas Diretrizes para a Educação Infantil, A didática dos campos de experiência. Nota sobre a experiência e o saber da experiência, Campos de experiência na escola da infância, A educação humana – Projeto Âncora, Campos de experiências todos os dias, Proposta curricular associação criança – Portugal, Campos de experiências educativas – Itália, Campos de experiências – Borghi e Guerra, Áreas de experiências Pen Green center – Inglaterra. Vídeos: Novas Diretrizes para a Educação Infantil, A educação proibida, Comunidades de Aprendizagem, Especial José Pacheco – Escola da Ponte, Educação Humana, Diálogos para a construção do currículo da infância paulistana. Este estudo e discussão continua incluindo a Base Nacional Comum Curricular e a Proposta Curricular da rede.

Outras iniciativas de formação ocorrem através da parceria com UBS e SE. Médicos, dentista, fonoaudióloga e psicóloga vieram à escola para conversarem com os educadores e pais. Nestes diálogos foram apresentados Power Point relacionados ao tema: desenvolvimento da linguagem da criança, desenvolvimento normal da fala e audição, materiais adequados à higiene, etc. e com as saídas pedagógicas.